001: 50 anos de Homem-Aranha!

Pizzazz Nº 4 - Janeiro de 1978

Há exatos 50 ANOS era publicada a 15ª (e última) edição de Amazing Fantasy... que trazia a 1ª história em quadrinhos do Homem-Aranha. 

Cabeça de Teia, Aracnídeo, Inseto (erro que durou pouco tempo e que é mencionado às vezes), Teioso, Escalador de Paredes, Amigo da Vizinhança... Forjado por Stan Lee – baseado no título pulp "The Spider" – e Steve Ditko (com algumas doses criativas importantes, mas ainda incertas, elaboradas por Jack Kirby), o personagem já tem centenas de números e aparições. 

O adolescente franzino, órfão de pai e mãe, com problemas e dificuldades típicos de sua personalidade e idade, criado e educado por seus tios, que adquire poderes depois de picado por uma aranha radioativa... foi o grande impacto de 62 no universo dos quadrinhos e permanece como uma das maiores referências na cultura popular.

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Ao contrário de outros tipos jovens de hqs – que eram orientados por semelhantes experientes sobre o uso de suas habilidades (como no caso do Robin de Batman – e, aliás, há grandes semelhanças entre as narrativas e origens do Spider e do Homem-Morcego) –, Peter Benjamin Parker adquiria quase exclusivamente sozinho noções sólidas de altruísmo e ética ao longo de suas experiências como nerd rejeitado/defensor da justiça.

Ao final da edição clássica de só 12 cents (Que boa época para consumidores!), a morte trágica e traumatizante de Tio Ben trazia o embrião da emblemática frase "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades"... talvez a mais conhecida da 9ª arte (sobretudo após os filmes de Raimi) e, com certeza, um lema que amadureceu o caráter do super-herói e passou a acompanhá-lo pelo resto de sua vida.

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Inspiração para milhares de pessoas (pela simpatia única, por valorizar a perseverança, a retidão, a benevolência... – mesmo quando desperta a vontade de desistência ou de vingança – e por fortalecer a fantasia e, principalmente, o ideal de que qualquer um pode ser herói, seja com atitudes "incríveis" ou fazendo o que é simples porém correto e honesto), seu carisma e sua essência chegam a este milênio ainda tão apaixonantes, contagiantes e verdadeiros quanto no começo de sua existência. 

Acima, três imagens de seu início: a capa publicada no dia 10 de Agosto – que foi desenhada por Kirby e finalizada por Ditko (1); a não utilizada – bem mais legal, na minha opinião –, feita por Ditko (2); e a capa da sua primeira edição mensal (3) – com a aparição de J. Jonah Jameson e uma aventura envolvendo o Quarteto Fantástico e o Camaleão. 

Parabéns ao aniversariante (que tantas vezes sofre nas mãos de editores e executivos, diga-se de passagem). E "Go Spidey!".